Colégio,  Comportamento

Seja o que for, venha o que vier.

E se caso for
Eu posso esperar
A chuva passar
Pra tudo recomeçar


Bilhetes,Tiago Iorc.

Estive muito ausente aqui no blog devido as prioridades do estudo. Como sabiam, eu estava no cursinho me preparando para os vestibulares, principalmente, o ENEM. Nesse post de retorno, decidi contar um pouquinho da minha trajetória, para que assim, quem sabe, possa de alguma maneira, ajudar alguém aí do outro lado.

Quando escolhi prestar Medicina, eu ainda era muito pequena e nem sonhava com o que aquela escolha me reservava. Hoje, entendo que ao optar por um curso concorrido, tive que abdicar de muita coisa e que essa escolha exigiu de mim empenho e muita resiliência.

Eu gostaria de dizer que sempre acreditei em mim e no meu potencial, mas não seria verdade. Não é fácil perder e se decepcionar com os resultados negativos do vestibular. Entender que você se esforçou mas não foi o suficiente é muito frustrante.

Para minha sorte, tive pessoas ao meu lado durante a caminhada que me elevavam emocionalmente e que, sempre que podiam, carregavam-me no colo. Sei que cada pessoa é singular e, desse modo, terá uma experiência única sobre o período de vestibular, mas o que eu posso dizer é que agregar pessoas e energias positivas no processo é a chave para conseguir transpor vários desafios na rotina.

Nesse um ano e meio de estudos focados, tive que correr atrás de alguns prejuízos, aprimorar alguns conhecimentos e principalmente, conhecer quem eu era como estudante. Em meio a tantas derrotas, a Karen pequenininha que um dia falou aos pais que queria ser médica – aonde é que ela estava? Tinha se perdido. Nesses últimos seis meses, tentei reencontrá-la.

Mais uma vez, para minha sorte, ela estava em mim, esse tempo todo, querendo ser resgatada. E, em um vestibular de Medicina, no meio do ano, essa garotinha resolveu aparecer. Nós nos demos as mãos e entramos juntas na prova. Que dupla!

Bem, eu sempre acreditei que tudo tem a hora e momento certos para acontecer e, nesse vestibular tudo parecia está certo sabe? Eu tinha me encontrado e as coisas estavam fluindo bem. Mas confesso que, durante a caminhada, por vezes desejei controlar a ordem das coisas e adiantar minha aprovação ou mesmo, moldá-la às minhas preferências. Quem nunca não é mesmo? Ouvi dizer que Deus sorrir ao ver o homem fazer planos, afinal, quem somos nós e o que são nossos desejos diante da vontade Dele? Esperar Nele é sempre melhor.

Comecei esse texto com um trecho de uma música que é muito especial, pois ela marcou, praticamente, todos os dias de preparação desse ano.

Quantas vezes eu já chorei ouvindo os versos dessa canção e me pegava perguntando e se caso for ( de não passar de novo) , eu posso esperar?? Eu conseguiria esperar meu sonho por quanto tempo? Me recordo que, assim que a canção terminava, eu estava em paz com minha batalha diária e sabia lá no fundo que, como na letra, eu esperaria a chuva passar, para assim, recomeçar, e sim, “e se caso for, eu posso esperar.”

Para você, leitor, que chegou até aqui, pois bem, eu acabei passando nesse vestibular. Soube durante um almoço por minhas amigas que correram para me dar a notícia, e mesmo agora, ainda não caiu a ficha.

Sabe, “às vezes não tem outro jeito, o jeito é seguir” e arriscar, pois a escalada é árdua ( e quem tenta, sabe quão difícil ela se torna) mas a vista, a essa vista, meus amigos, é espetacular.

Espero do fundo do meu coração, que se você escolher subir também, que alcance o topo o quanto antes e assim como eu, a veja. O lema do meu blog não é à toa, a vida é e sempre será, um universo de possibilidades. Creia. Tudo vai dar certo.

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